segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Passou...

 Deu meu coração de ficar dolorido
Arrasado num profundo pranto

 Deu meu coração de falar esperanto
Na esperança de se compreendido
 Deu meu coração equivocado
Deu de desbotar o colorido

 Deu de sentir-se apagado
Desiluminado
Desacontecido [...]
 Deu de inventar palavra
Pra curar de significado
O escuro aço denso do silêncio
Ai - Rubi

Recortes de Orpheu e Eurídici

Relendo O Banquete me pergunto se teria, como amante, tido a oportunidade de ir a “ilha dos bem-aventurados” caso Orpheu tivesse conseguido encontrá-la.
Ele que parado a frente de uma escuridão parecia um feto incapaz de conhecer o próprio corpo e de saber ate onde poderia estender os dedos da mão.
Mas Orpheu de repente começa a dançar ou a se contorcer na escuridão, a musica invade os sentidos e os vultos negros que vez por outra colocava uma mulher acima, mas ainda não tão alta quanto a noiva sem vida, desolada e ainda tão bela. Orpheu a se contorcer por alguns instantes, o contemplar do vazio perpétuo multiplicado no espelho que reflete e transparece; minha dor, minha perda por não conseguir expor meus sentimentos e ter de conviver com a realidade de que o que foi não mais será, nem voltará. Meu desencanto em buscar o que me faria sentir de novo, sentir-me viva, arrebatada, algo que não saísse de meus pensamentos, minha ilusão de não poder escolher não escolher. Meu abismo onde me sentia tão bem, após me acostumar com a ausência do que se quer cheguei a ter de maneira intensa.
[...] mesmo onde não queremos e não gostamos algo pode surgir, algo que terá ao menos o valor simbólico ou o valor de uma lembrança. 
E quando o tive, ah - suspiro

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ouvindo um som....

"Esse é meu lar, onde eu fico sozinha...
 Esse é meu lar.
 Que lar doce ele é
 Fantasmas não sao reias
 Esta é minha casa"

Bafo do Dragao

Sentindo o vento do dragao escuto linguas estranhas, por uminstante penso: deveria estar lendo os textos para a psi social, ams o Dragao me encanta mesmo numa noite sem lua, o encanto, o canto das Rosas, das lembranças, das miragens de vinho que surgem nos meus olhos e apenas nos meus olhos (Ahhh saudade maldita) E numa conversa de ônibus com o deus - Larissa me diz: "O Amor tudo espera" - sorriso, é - tudo que consigo responder.
Umpombo voa e´pára a minha frente, e num olhar distraido, uma estrela se anuncia e sou roubada pelo telecominicador da modernidade e um ser de uma caverna vizinha diz: "lembrei de ti" É, acho que passo meus dias percorrendo paredes que não conhecia(o) e só retorno ao vôo das corujas, no nascer da lua e anoitecer do dia que tem luz. Eu, calada que sou, permaneço com o vento. E no meu corpo, reluz as portas que tu tocou, o braço que escreve é o mesmo que tem impresso tua mao.
Os relampagos mecanicos que apelidaram de flash me cegam e incomodam. Como a noite me chama vou voltar ao meu movimento de ficar parada e deixar que  as pedrasque chamam de sentimento passem e que não me toquem, por que não tenho paciencia e não vou gastar meus meteóros oceanicos de afeto com pedras. A ti minhas mais Belas constelaçoes com sopros e cores do mais íntimo afeto que me governa, a ti - sorriso- minha alma, desejo os sorrisos sem motivo e as mais intensas gargalhadas sussurradas pelo eco do bater das asas de Éros.

domingo, 30 de outubro de 2011

Fui Roubada

Parece ser fácil par mim agir como uma imbecil adolescente que padece de paixonite aguda, que não sabe reconhecer o que sente nem por quem e precisa agora delimitar quem lhe faz bem ou mal, e quem consegue deixar essa adolescente  ...
Queria tanto poder sentir e fazer você sentir o que sinto enquanto teu. Sim, demorei a perceber o que sentia, demorei a aceitar que sentia algo por você e não quis acreditar na força do que sentia por não saber o que sentia, por acreditar com todas as minhas forças que isso não existia.
Desculpa eu n conseguir sentir pelos outros
Droga, minha represa estourou, não tenho Mao para aparar tantas lágrimas

Afeto, não se prepara...

“Não se prepara Afeto”

       Informação que parece tão óbvia, mas que surpreendeu. Talvez meu estado de estesia erótica ou anestesia citadina tenham retirado minha capacidade de perceber o brilho do afeto, dessas pérolas que movem e rege meu ser e nestes dias de sol, vento, calor, cheiros secos acabei não vendo algumas cores que se fizeram mais intensas para livra-me dessa momentânea cegueira.
       União, não posso dizer que foi ou será, talvez, é, algo que de uma forma que me invade não sei como consegue arranhar minha pele e deixar marcas onde não sabia que ainda podia ser escrito em mim, minha pele não foi apenas aquecida, mas transpirou estórias que não são minhas, mas que foram compartilhadas com meus poros, olhos, sorrisos, lagrimas que se anunciaram, correntezas que foram mantidas na represa, no burburinho da infância que me envolveu com seu manto de criança.
       Centrados, intensos, compromissados com a confiança que lhes foi depositada, são algumas palavras que pode auxiliar na construção de uma imagem dessa equipe, calma, silenciosa e de uma fluidez digna das ágoras gregas e de jornadas.
       Dias que me abandonei no tempo, que me doei ao vento, que deixei a energia da casa fluir em mim, quase não falei porque me parecia que eu dissesse iria traduzir em palavras o que se passava em mim, como não traduziu, mas garanto que tentei, sei que um dos motivos de não conseguir me fazer legível foi não saber ao certo que espaço eu ocupava, como ainda não sei, só que agora não mais peso.  É algo novo que emenda com algo antigo” Que não pede permissão para adentrar e desbravar meu sentir que no final das contas não sei dizer se é meu só por que passa por meu corpo e deixa rastro onde antes não se caminhava.
       “Contempla a vida passar” A vida passou e temos 4 gerações em um menino, “Gente, o que é isso?! Se eu juntar Hades, Zeus, Poseidon e Kronos, o que resulta?” Bem, estamos na quarta viagem à Madalena, o que resultará? Eu não sei, mas em um jogo que não há vencedores ou perdedores o resultado foi uma corrente de afetos e abraços que lubrificam os elos e lhe dá brilho o suficiente para ser percebido, mas não para ofuscar seus encontros, por que nesse reino os deuses se misturam com mortais e a simbiose torna dos corpos receptáculo que guardam imagens que evocam de símbolos e nos predem no laço do logos que tenta abraçar com sentido sem sentir. “Elas perdem as folhas para se preservar” Talvez, se perda a qualidade de deus, o que não impede de ser evocada.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lágrimas

        Sei que falo pouco e baixo, mas as vezes eu realmente queria só ficar quieta no meu canto, sem atrapalhar ninguém, sem ser motivo de nada pra qualquer um, sem sair nesse escuro – claro simbólico, tateando nas palavras, olhares, pessoas e gestos, queria não ter lágrimas no meu rosto agora, queria meu amor do meu lado, meu Éros fisicamente.

        Sei que as pessoas se matam, sei que vou ouvir muitas coisas que não me agradam, sei que irei ter contato com muitas dores, mas não sei se agüento isso, dois encontros numa intervenção de grupo e parece que os pedaços de mim estão de novo entregues ao vento, e não é o vento que me envolve, é o vento que arrasta e vai embora com um sorriso na cara “Eu avisei que não ia sobrar muita coisa!”

        Foram tantas as rasteiras, tantas quedas, tantos abismos no mundo das palavras, minhas, dos outros, do Outro, das que não foram ditas, das que não foram ouvidas, das que foram pronunciadas sem a palavra, mas com o corpo. Estas, ditas com o corpo são tão fortes pra mim, tão intensas que a lágrima volta, mostrando que na verdade, nem foi embora, eu é que esqueci de mim e me perdi onde achava que me encontrava ou achando eu iria me ver.

Voltei chorando, cantando, batendo, correndo e ainda não cheguei.

domingo, 28 de agosto de 2011

As três Marias

        E a poesia, a grande e divina poesia!
        Mas agora, digo como o velho Rousseau: é preciso não mentir.
A poesia me envolveu, me sufocou, me raptou, é bem verdade.
Mas na sua forma mais banal e subalterna – nos sonetinhos sentimentais, nas coisas leves e triviais do amor.
        Bastava qualquer verso fácil dum poeta de boudoir, que dissesse coisas gentis e românticas, para me encher os olhos de água.
Ah, Toi et Moi! Ah, Géraldy!
         A poesia, a grande poesia, verdadeira e poderosa, essa só me possui lentamente, quando minha alma foi perdendo aos poucos as sucessivas capas que a cobriam. Quantos anos levei, quantas almas gastei em emoções de segunda ordem, até ser capaz de entender e sentir sozinha a beleza da Filha do rei?
         Mas, naquela idade curiosa, só interessa e comove o postiço, o artificial.
         A linda heroína tem um diálogo malicioso com o jovem sportman, Apolo remador, Tarzan de calça de flanela? É lindo, comenta-se, decora-se.
         Mas um grande grito de paixão humana, de dor ou de amor, choca, escandaliza, mostra coisas que a gente não quer ver, nudezes que nos parecem obscenas.
         Qualquer de nós trocaria todo Shakespeare (inclusive Romeu e Julieta) por um só volume da Passageira ou de Mon oncle et mon cure.
        (...)
         A guerra, só a compreendíamos com heróis esbeltos, vestidos de azul-horizonte, voltando, levemente mutilados e cobertos de medalhas, para os braços da amada. Aquela guerra suja e sem poesia, as latrinas, as pragas, o medo e a miséria dos soldados apenas nos trouxeram indignação, nojo.
        (...). Nos mesmas o banimos; e se ele (o livro) demorou algum tempo, foi nas mãos de alguma pequena mais corrompida ou curiosa, desejosa de ler as imoralidades dos soldados com as francesas, ou conhecer os palavrões sujos das trincheiras.
         Todas voltamos desadoradamente à Fiancée d’avril, para lavar a alma.

Trechos de ‘As três Marias’ - Rachel de Queiroz (21-25 ed. São Paulo: Siciliano, 1992)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

Logus-Agimos

O espelho “sem cor” desabrochado, dEs-bLo-tCa-do reflete o imbecil que o aponta.
Uma tempestade que não se e não se escuta, deixa de ser tempestade? Ela (tempo-estado) necessita de desse outro medíocre para se (re)a- firmar-se? Bem, um som que se escuta só, não é um som, é um ruído que a muito não é per-ce-bi-do, ecoando e ecoando nas paredes do castelo de ilusão, arrastando as correntes que insistem em dependurar-se em nossos, seus, meus, teus, dele ombros que inevitavelmente serão calejados/(a)largados/ largos, ate que um deus grego, possa quebra o espelho e uma alma corajosa tenha um sopro forte o suficiente para usar o pó/ cacos e retirar com sangue os calos. Mas, o que esta abaixo/entorno/dentro/sobre/transpassado no lugar que antes era-do-calo? Pele?! Que absurdo! Um insulto a pretensão de quem aponta. Mas...O que sobra? Sobra? Porque o peso antes era tão grande que era apenas peso. E agora? Tu, se permite perceber algo para alem de tu? De tua dor? Da dor que é tua e não minha? Nem dela? Nem dele? Agora que um dos elos da corrente parte no arrastar do peso e crava em tua mão (de apoio/ de desapoio) e tu vê na escuridão que tu tanto ama e a quem é devoto, teu sangue, será que agora tu consegue ver teu reflexo desfigurado de ti?
Caminho que se caminha só, sem saber de onde veio, se-veio nem para se vai, se-vai, é um caminho? Se é. Por que caminhar? Só caminha quem tem força pra andar e coragem para parar se preciso (se)for.
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Relatos de Para-Suicídio

Nunca dirigi moto, peguei a do primo, sai da estrada de barro com escadas naturais de pedra e areia frouxa a 80 km/h, depois, na pista, fazendo curva a 100 por h, e como não podia deixar de ser, dei uma guinada na moto e quase cai no asfalto.
Depois veio a embriaguez do sentir.... e continuar sentindo...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quem dizem que sou

Hoje, uma dor de vazio me invade.
O orgulho venceu o sentir e as palavras foram presas em seu abismo.
Nenhum de nós falou nem ouviu os gritos do silêncio avisando o precipício que se aproximava. Agora aguardemos os curativos do tempo e a fisioterapia da rotina para nos re-adaptarmos e anestesiarmos num mundo de egos que se dizem donos do sentir e possuidores de alma. Mas é claro, meu próprio orgulho e egoísmo movem essas palavras, devo dizer sussurros que segundo o mundo dos egos, nem minhas são.
Porém, quem esta escrevendo? E quem é você para dizer quem sou eu?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Decisões

Sim! Como é que vai ser a viagem?
“Alí, eu já sabia que você n ai.”
Discutir uma viagem, n é só dizer q vai ter viagem, é?
È tão legal saber o que vai acontecer porque alguém teve o cuidado de explicar, mas pra algumas pessoas proferir esse cuidado é simplesmente descartável.  A isenção do que é humano é realmente tão gratificante?

terça-feira, 21 de junho de 2011

A Menininha

Hoje vi uma menininha, negra, pequena, que não consegui se alimentar por que uma das partes queimadas era a língua. O banho começou, ficou “A menina ta toda dura”, diz a enfermeira, a gaze começou a ser arrancada por seu corpinho pequeno, cada movimento de mãos que corria por seu corpo retirando uma gaze, tirava sua pele negra queimada e deixava um pedaço branco, rosado que iniciava em seus olhos, devastando seu corpinho ate sua genitália. Tiraram pedaços de sua boca, que ela só conseguiu abrir depois das gazes; a menininha começou a gritar urrar, a anestesista aplicou outra dose de dor adormecida.
A menininha negra, já não era mais tão negra quando saiu do banho, dormia sem poder escolher não dormir, abraçada com Morpheus enquanto a-dor-mecida escondia o esfolar de sua pele que escorreu pelo ralo da maca.

Butô








Que a dança continue...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

09/05/11

E cai a chuva numa noite de vazios que ecoam por minha alma, desgrudando a carne de minha pele e esfacelando o chamo de coração.
Como agonia mexer no ferimento da alma.
O frio da noite eternizada em meu corpo corrói a esperança de dias melhores, de ventos leves ou de maneiras leves de lidar com as coisas.

sábado, 9 de abril de 2011

Perseguindo Carros

Nós faremos tudo isto
Tudo
Sozinhos

Nós não precisamos
De nada
Ou de ninguém

Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

Eu não sei direito
Como dizer
Como me sinto

Aquelas três palavras
são ditas demais
Elas não são o suficiente

Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

Esqueça o que foi dito
Antes de ficarmos muito velhos
Mostre-me um jardim que esta se abrindo para a vida

Vamos passar o tempo
Perseguindo carros
Em volta de nossas cabeças

Eu preciso de sua graça
Para me lembrar
De encontrar a minha

Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

Esquecer do que nos falam
Antes de ficarmos muito velhos
Mostre-me um jardim que esta se abrindo para a vida

Tudo que eu sou
Tudo que eu sempre fui
Esta aqui em seus olhos perfeitos, eles são tudo o que eu consigo ver

Eu não sei onde
também estou confuso sobre o "como"
Apenas sei que estas coisas nunca mudarão para nós

Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Do que padece Michael Berg?

        Fico dias e dias a pensar, lembrar e ver aquele homem que não consegue dizer adeus, ficar de frente a mulher amada e se perder nos olhos e lábios de Hanna.
        Talvez, só talvez, seja exatamente isso, perder-se em Hanna. Perder-se no turbilhão de afectos, sentidos e sentimentos provocados por um assalto da alma que é se vê diante de alguém que faz seu coração calar a bagunça dos ritmos dessincronizados.
        Michael permanece, amorosamente, no mundo das sombras, se alimentando furtivamente das lembranças de um amor que lhe marcou tanto, que talvez por medo de rasgar a página ele não se atreve a reescrever, a reler de modo que ecoe nos ouvidos e lábios de uma nova amante, permanecendo apenas um sussurro que se escuta quando nos entregamos à noite. 
         Padece da covardia do sentir. De um sentir demasiado insustentável diante da angústia da perda e do perder-se novamente no atravessamento da ciranda paixão. Mas não posso dizer que este é o padecimento de Michael, mas também dele.
         De que padece Michael Berg? Como seria grande meu atrevimento, como se na minha experiência pudesse eu dizer do que padeço.
         Como é maravilhoso Michael quando o vejo fazer o café da manha daquela mulher, ouvir a música, deixar a lágrima rolar na face de sua filha, caminhar no apartamento vazio.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Assalto

Eu costumava pensar que “não me importo como o que os outros pensam” Mas hoje percebo que não só me importo como me incomodo com o fato dos Outros me assaltarem o direito de definirem como Eu estou quando nem mesmo eu sei verbalizar como me sinto, quando nem mesmo eu tenho palavras suficientes para explicar a grandeza do meu vazio.
Há dias em que sou invadida por uma escuridão tão intensa que nem a agressividade me é útil; nem a grosseria é um escudo forte o bastante para me proteger da tortura do sentir, o meu sentir.
A hipocrisia que diz ter o direito de proferir como estou.
Quando o que sinto vai ter algum valor? Algum valor para os que olham nos meus olhos e pensam ver minha alma? Minha alma que foi consumida pelo kaos, devorador da beleza que um dia reinou no castelo do meu corpo e se jogou pelas janelas ao ouvir o sopro do vento que bate na pele do meu Caronte. Alma que de repente não é mais minha, um dia foi? Será?
Acho que a prima-Vera chegou para derreter o gelo no inverno que congelou meu passo no abismo, mas ainda assim, ela não trilha meu caminho, ela, não caminha por mim, ditando o que estou sentindo a partir de sua vã interpretação.


domingo, 20 de março de 2011

Perder-se nas cores do sentir, mergulhando em queda livre no reino de Hades.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Hoje, dor

Parece que estou perdida, cansada ao ponto de desistir... Parar de tentar e permitir que as coisas fluam em minha direção, como uma forte onda que esta prestes a me derrubar, mas a sensação que tenho, é de que já cai. Esta tão escuro aqui dentro, tão grande é o vazio que consigo sentir. Como posso continuar? Fingir? Tentar mais uma vez? Dizer adeus? Será que o movimento da minha boca irá produzir algum som? Ou continuarei a gritar no abismo do silencio que reina em mim?

sábado, 8 de janeiro de 2011

Gelo

“Ignorá-la até sumir. Guardar as lembranças numa escuridão piedosa
“Ele estava indescritivelmente solitário. O mundo era vazio e frio sem ela, e não havia nada que pudesse fazer para derreter o gelo. A dor tinha sido mais fácil de suportar quando ele podia dividir com ela. Após o desaparecimento dela, era como se ele tivesse que agüentar a dor de ambos, e era mais do ele pensou que podia suportar. (...) A realidade fora dele não existia; tudo que ele tinha era a consciência de que ela tinha partido para sempre”
Princesa de gelo, Camila Läckberg.

Fora o bastante.

 
"Ela o matou porque era a única maneira de se vingar do homem do a condenara a um tipo de morte em vida. Há certos tipos de danos que o levam a ultrapassar os sistemas éticos e morais: “além deste ponto, monstros” , como costumavam dizer os navegadores antigos. A jovem estivera lá. Annei apenas chegara a borda do mundo e olhara para o abismo. Mas fora o bastante. (...) Fossem quais fossem os demônios que a estavam incitando, precisava cair em si, dominar-se, desenvolver uma nova perspectiva. (...) O que quer que fizesse, teria de  romper o círculo de loucura e ilusão no qual se enredara."
Amiga do diabo, Peter Robinson.