domingo, 30 de outubro de 2011

Afeto, não se prepara...

“Não se prepara Afeto”

       Informação que parece tão óbvia, mas que surpreendeu. Talvez meu estado de estesia erótica ou anestesia citadina tenham retirado minha capacidade de perceber o brilho do afeto, dessas pérolas que movem e rege meu ser e nestes dias de sol, vento, calor, cheiros secos acabei não vendo algumas cores que se fizeram mais intensas para livra-me dessa momentânea cegueira.
       União, não posso dizer que foi ou será, talvez, é, algo que de uma forma que me invade não sei como consegue arranhar minha pele e deixar marcas onde não sabia que ainda podia ser escrito em mim, minha pele não foi apenas aquecida, mas transpirou estórias que não são minhas, mas que foram compartilhadas com meus poros, olhos, sorrisos, lagrimas que se anunciaram, correntezas que foram mantidas na represa, no burburinho da infância que me envolveu com seu manto de criança.
       Centrados, intensos, compromissados com a confiança que lhes foi depositada, são algumas palavras que pode auxiliar na construção de uma imagem dessa equipe, calma, silenciosa e de uma fluidez digna das ágoras gregas e de jornadas.
       Dias que me abandonei no tempo, que me doei ao vento, que deixei a energia da casa fluir em mim, quase não falei porque me parecia que eu dissesse iria traduzir em palavras o que se passava em mim, como não traduziu, mas garanto que tentei, sei que um dos motivos de não conseguir me fazer legível foi não saber ao certo que espaço eu ocupava, como ainda não sei, só que agora não mais peso.  É algo novo que emenda com algo antigo” Que não pede permissão para adentrar e desbravar meu sentir que no final das contas não sei dizer se é meu só por que passa por meu corpo e deixa rastro onde antes não se caminhava.
       “Contempla a vida passar” A vida passou e temos 4 gerações em um menino, “Gente, o que é isso?! Se eu juntar Hades, Zeus, Poseidon e Kronos, o que resulta?” Bem, estamos na quarta viagem à Madalena, o que resultará? Eu não sei, mas em um jogo que não há vencedores ou perdedores o resultado foi uma corrente de afetos e abraços que lubrificam os elos e lhe dá brilho o suficiente para ser percebido, mas não para ofuscar seus encontros, por que nesse reino os deuses se misturam com mortais e a simbiose torna dos corpos receptáculo que guardam imagens que evocam de símbolos e nos predem no laço do logos que tenta abraçar com sentido sem sentir. “Elas perdem as folhas para se preservar” Talvez, se perda a qualidade de deus, o que não impede de ser evocada.

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