Madrugada. A muito não escrevo. Sensação
esquisita. Parece que a noite passa, mas o...o corpo não quer descansar e é
invadido por uma força estranha que não é feroz, mas, não me deixa em paz. Olho
para as manchas da vida nas mãos e na pele; tenho fome e não quero amantes, escuto
roncos, vozes numa caixa com vidro. Lembro-me de alguém que disse que leio
pensamentos e estou progredindo, mas...(tosse) o que estou fazendo? Na primeira
noite tive uma reação ao meu sono, confesso que quase posso dizer que sonhei,
mas não lembro de imagem alguma, então, fica a reação, o choro. Acordei aos soluços
no meio da noite fria, sem luz, sem família, sem grito: Mãe? Cresci? Sobreviver
a um sonho ruim, raro de acontecer, sem maiores subterfúgios e passar significa
que minha resposta a uma adversidade esta mais adequada? Bate o vento, frio,
minha cabeça se distrai, o sono me abraça e caio na noite.
Agora, levemente desperta, pensando o que
pensa minha cabeça, fico, com a tosse e o mal estar, não chega a tanto, mas, é
a impressão que tenho, essa coisa que sossega, mas não passa. Parece olhos em cima
de mim. Cara! Mas que..!!
Não sei, talvez seja só minha imaginação,
mas as lágrimas continuam aqui.
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