Quando nos deslocamos do caminho não podemos dizer que perdemos o rumo, mas que aquele destino já não é mais tão brilhante quanto parecia e a curva de declínio é muito acentuada. De repente estou caindo de lugar nenhum e não consigo avistar o fim do abismo, se quer tocar no caos que me circunda, comprimindo o ar que me resta fazendo valer cada partícula de sangue que alimenta meu corpo, cada pulsar do meu músculo cardíaco. Encontrar o prumo dentro do firmamento conseguindo percorrer algum caminho no caos talvez não seja meu objetivo, mas conseguir passar por esse abismo e não quebrar o vidro de minha frágil essência, olhar numa poça d’água e admirar o reflexo seja mias ar para meus pulmões.