domingo, 12 de dezembro de 2010

Quando

              Nunca se sabe o valor de uma coisa ate perdê-la.
              Minhas palavras sempre se escondem de minha boca e quase nunca correm por meus lábios.
              Ás vezes me pergunto por que não sei falar, expressar o que sinto, por que me escondo atrás da opinião alheia quando é muito mais fácil dizer que estou cansada, estressada ou que não quero discutir.
              Mas na verdade o que não consigo é lidar com minha demanda afetiva, com minha carga de sentimentos que faz curvar meu corpo na tentativa de sustentar em meus ombros o peso do afeto. Tento, mas o esforço é tamanho e as lágrimas embaçam meus olhos e rolam por minha pele arrancando minha carne enquanto tento encher os pulmões com uma ultima lufada de ar, contemplando o rastro de sangue que leva a minha dor.
              Quando olho para minhas esperanças que brilham no universo, me deparo com um velho pensar: “Quando vou conseguir falar sobre o sinto? O que faço com meu afeto?”
Espero ardentemente encontra uma forma de lidar com meus sentimentos e passar para próxima pergunta.


Razão e afeto

A - Você estava certa sobre se aproximar...
A - Dói.
R - Eu sei, mas se você não sentisse, seria igual a eles.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Viagem

... rasgar o firmamento, mergulhar no caos e ressurgir nas cinza dos mortos.

Quando nos deslocamos do caminho não podemos dizer que perdemos o rumo, mas que aquele destino já não é mais tão brilhante quanto parecia e a curva de declínio é muito acentuada. De repente estou caindo de lugar nenhum e não consigo avistar o fim do abismo, se quer tocar no caos que me circunda, comprimindo o ar que me resta fazendo valer cada partícula de sangue que alimenta meu corpo, cada pulsar do meu músculo cardíaco. Encontrar o prumo dentro do firmamento conseguindo percorrer algum caminho no caos talvez não seja meu objetivo, mas conseguir passar por esse abismo e não quebrar o vidro de minha frágil essência, olhar numa poça d’água e admirar o reflexo seja mias ar para meus pulmões.

sábado, 30 de outubro de 2010

" Existem momentos em que tudo que queremos é ver o outro por um olhar tão íntimo, particular e singular que esquecemos do olhar do outro na prepotência de pensar que sabemos mais"